SÃO PAULO, O QUE VOCÊ VÊ?
Eu vejo Jasmim Manga que floresce,
Cai, forra o chão,
E incandesce.
SÃO PAULO, O QUE VOCÊ VÊ?
Vejo orquídeas e bromélias.
Que tomam de cores os troncos,
Com a permissão e o encantamento como ideias!
SÃO PAULO, O QUE VOCÊ VÊ?
São Jacarandás e Jequitibás.
Crescendo apertados nos espaços,
Mas são estes que lhes destinarás.
SÃO PAULO, O QUE VOCÊ VÊ?
Folhas que mesmo ao chão,
Vejo a vida,
Que pro fruto dar,
Contribuirão.
SÃO PAULO, O QUE VOCÊ VÊ?
Vejo primaveras e A Primavera,
Que um novo,
Ambas estão na espera.
E que para começar,
Basta um olhar!
E você,
SÃO PAULO, O QUE VOCÊ VÊ?
Ao caminhar pelas ruas de São Paulo, comecei a perceber e, talvez até, treinar o meu olhar!
Tomei a liberdade de escrever esse meu sentimento em forma de verso, pedindo licença poética para escrever sem regras literárias.
A intenção é tornar em palavras os nossos dia a dias que são ritmados pela mesmice.
Andamos pelos mesmos lugares, pensamos as mesmas coisas, e lembramos daquilo que nem sempre é o que queremos.
Morar em São Paulo nos leva a esse movimento quase que uma respiração, mas mais intenso.
Nos cega para o diferente, para o belo, além de cultivar o olhar pro indesejado, para aquilo que nos seca por dentro.
Tomar a postura de mudar o olhar e querer ver aquilo que lá já está, só não reluz,
Nos faz sair daquela paisagem estática e monocromática,
Enxergando uma nova paleta de cores,
Enxergando novas formas,
Vivendo o presente!