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Foto do escritorElis Cristina

Dia da Consciência Negra e o Combate ao Racismo Climático e as Injustiças Ambientais no Brasil




Nesse dia de hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é essencial refletirmos sobre as profundas desigualdades que marcam a história do Brasil e suas interseções com os desafios ambientais contemporâneos. Entre essas interseções, destacam-se a injustiça climática e o racismo climático, fenômenos que evidenciam como as populações negras e vulneráveis são desproporcionalmente impactadas pelas mudanças climáticas e pela degradação ambiental.


Racismo climático é o termo usado para descrever como as mudanças climáticas agravam desigualdades raciais e sociais, afetando desproporcionalmente as populações negras, indígenas e periféricas. Essas comunidades, frequentemente localizadas em áreas de maior vulnerabilidade ambiental, como regiões de risco de enchentes, deslizamentos e poluição, sofrem mais intensamente com os impactos de eventos climáticos extremos, muitas vezes sem os recursos necessários para se proteger ou se recuperar.


O Brasil, marcado por uma profunda desigualdade social e racial, é um exemplo claro de como a injustiça climática afeta de forma desigual a população. Nas periferias urbanas, onde a maioria dos moradores são negros, a falta de infraestrutura básica, saneamento adequado e acesso a áreas verdes aumenta a exposição a riscos ambientais. Ao mesmo tempo, o desmatamento, as queimadas e a poluição dos recursos hídricos afetam comunidades rurais, muitas delas formadas por quilombolas e pequenos agricultores, cuja subsistência depende diretamente da preservação ambiental.


Mitigar os impactos das mudanças climáticas no Brasil é uma questão de justiça social. Isso significa não apenas reduzir emissões de gases de efeito estufa, mas também implementar políticas públicas que priorizem as populações mais vulneráveis. É fundamental investir em infraestrutura resiliente, ampliação de áreas verdes nas periferias e projetos de energia renovável que incluam comunidades locais. A luta contra o racismo climático passa também pela inclusão de lideranças negras nos debates e decisões sobre políticas climáticas e ambientais.


Neste Dia da Consciência Negra, reafirmamos nosso compromisso em promover um futuro mais justo e sustentável. Trabalhar pela mitigação climática é também combater as desigualdades históricas que perpetuam o racismo estrutural. A Soul Verde acredita que um Brasil mais ambientalmente consciente é, necessariamente, um Brasil mais igualitário, onde todas as pessoas têm direito ao bem-estar e à proteção ambiental.


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